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ACHADO USADO: O ÚNICO PUMA GTB CONVERSÍVEL
Anunciante afirma que modelo produzido para o Salão de São Paulo é único, e conta com motor 4.1 do Opala turbinado
06.02.2016 | Redação
O Puma GTB é um animal bem diferente do Puma original. No lugar do motor boxer da Volkswagen, o esportivo maior se vale do seis cilindros do Chevrolet Opala. Diferente e mais raro, ainda mais na versão que encontramos no Mercado Livre. Segundo o vendedor, o carro anunciado no Rio de Janeiro é um exemplar único. Seria o único conversível feito de fábrica em cima do GTB S3. Além disso, a quilometragem de apenas 75 km indica um carro que ficou guardado. Claro que o preço reflete essa raridade. São pedidos R$ 120 mil, valor que leva uns três GTB cupês para casa.
De acordo com o proprietário, o Puma GTB anunciado é da terceira série e foi criado para o Salão do Automóvel de São Paulo de 1988. A história contada pelo dono, João José, começou logo com um final triste. A Araucária Veículos comprou a Puma em 1986 e pagava royalties para continuar a produzir os clássicos. Na época, o fabricante fechou um contrato de exportação de 400 unidades para a Arábia Saudita, um negócio envolvendo um sheik árabe chamado Al Fassi, representado por ninguém menos que Mohamed Ali, o famoso boxeador conhecido antes como Cassius Clay.Batizado com o nome da família do sheik, o carro tinha motor 1.6 aspirado a ar, para funcionar bem no deserto, além de acabamento interno que remetia aos roadsters britânicos. O estilo contava com faróis mais quadrados e lanternas do Monza.
Clay adorava carros e chegou a ter vários personalizados, incluindo um Chevrolet Convair batizado de Claymobile. A jointventure entre ele e a Araucária ocorreu depois da sua conversão ao islamismo e foi chamada de Ali Indústria de Veículos. Após submeter duas unidades ao crivo dos sauditas, o contrato foi cancelado e isso selou o destino da companhia, que seria comprada pela Alfa Metais. E também foi o fim da indústria de Ali, que planejava um esportivo mais brutal para concorrer com o Chevrolet Corvette, chamado de Ali Stinger. O nome (ferroada) faz menção ao que Clay afirmou em 1964 pouco antes de enfrentar e vencer o mafioso Sonny Liston. Segundo ele, sua estratégia seria "flutuar ao redor dele como uma borboleta e ferroar como uma abelha". O objetivo poderia ser cumprido, pois o braço americano da empresa de Ali pretendia usar motores e caixa do Porsche 911.
Por incrível que pareça, o quase desconhecido Al Fassi é ainda mais popular do que o GTB S3 conversível anunciado no Mercado Livre. O modelo único foi criado junto com o Al Fassi e seria uma das estrelas do fabricante no Salão de São Paulo de 1988. Contudo, a companhia entrou em crise em março, afirma o vendedor João José. Também proprietário de um exemplar do Al Fassi anunciado por R$ 95 mim, João afirma que o "GTB estava semiacabado naquela ocasião e ficou assim parado até 2001, quando começou a ser restaurado pelo próprio pessoal da antiga empresa". João logo o adquiriu e terminou o serviço. "Ao contrário do Al Fassi, que foi rodando até Águas de Lindóia e outros eventos, o GTB conversível nunca deu as caras e ficou guardado desde que foi restaurado".
Por incrível que pareça, o quase desconhecido Al Fassi é ainda mais popular do que o GTB S3 conversível anunciado no Mercado Livre. O modelo único foi criado junto com o Al Fassi e seria uma das estrelas do fabricante no Salão de São Paulo de 1988. Contudo, a companhia entrou em crise em março, afirma o vendedor João José. Também proprietário de um exemplar do Al Fassi anunciado por R$ 95 mim, João afirma que o "GTB estava semiacabado naquela ocasião e ficou assim parado até 2001, quando começou a ser restaurado pelo próprio pessoal da antiga empresa". João logo o adquiriu e terminou o serviço. "Ao contrário do Al Fassi, que foi rodando até Águas de Lindóia e outros eventos, o GTB conversível nunca deu as caras e ficou guardado desde que foi restaurado".
O estilo frontal e traseiro se distancia um bocado do GTB original, lançado em 1974. A série 2 de 1978 já havia adotado faróis duplos no lugar dos jogo duplo usado no modelo anterior, mas essa foi a única herança que ficou na terceira série. A grade tornou-se mais alta e estreita e todo o conjunto passou a ser pintado na cor da carroceria, como era nos AMV da Alfa Metais Veículos. As lanternas traseiras são as mesmas do Opala, enquanto o antigo GTB se valia de peças Volkswagen ao estilo do Brasília. Alguns detalhes não são tão bem resolvidos, como os retrovisores arqueados e as maçanetas redondas, diferentes das antigas emprestadas do Alfa Romeo 2300. Na fase da Alfa Metais, o GTB passou a ser chamado de AMV e tornou-se o mais encomendado - os AM1 e AM2 1.6 a ar de 44 cv já não tinham tanto apelo e o AM3 modernizado nunca pegou.
O trabalho de adaptação do cupê original ficou com aspecto de ter sido feito na fábrica, nada de improvisos aparentes. A capota de lona tem acionamento manual. Quando erguida, a peça parece bem encaixada e há vigias de plástico nas laterais, como era o Mercedes-Benz SL de então. Mesmo sem uso de vigia em vidro, a visibilidade agradece o recurso. Há uma cobertura escamoteável que permite esconder por completo a capota. Basta rebater a parte traseira e abrir o compartimento, uma operação manual aparentemente descomplicada.
O trabalho de adaptação do cupê original ficou com aspecto de ter sido feito na fábrica, nada de improvisos aparentes. A capota de lona tem acionamento manual. Quando erguida, a peça parece bem encaixada e há vigias de plástico nas laterais, como era o Mercedes-Benz SL de então. Mesmo sem uso de vigia em vidro, a visibilidade agradece o recurso. Há uma cobertura escamoteável que permite esconder por completo a capota. Basta rebater a parte traseira e abrir o compartimento, uma operação manual aparentemente descomplicada.
Para alguns, o mais interessante está sob o capô. Esse exemplar conta com uma versão turbinada do motor 4.1. O seis cilindros aspirado era o mais aplicado no cupê, mas o 2.5 aspirado também era muito utilizado na versão a etanol. O proprietário não tem mais detalhes sobre potência e torque. O motor de série rendia 171 cv de potência e 32,5 kgfm de torque a 2.600 rpm. Seja como for, o desempenho deve ser bem melhor do que o divulgado oficialmente para o cupê aspirado, capaz de ir aos 100 km/h em cerca de 11 segundos e chegar aos 170 km/h. Culpa da aerodinâmica antidiluviana, que deve ser sobrepujada com maior facilidade pelo seis canecos turbocomprimido.
A construção é tradicional dos fora de série, ou seja, chassi tubular e carroceria de fibra de vidro. O material parece bem mantido, o que fica claro em seções em que a fibra fica exposta, tais como as tampas do motor e do porta-malas. A tração é traseira, com diferencial Dana e câmbio Clark de cinco marchas. Os freios são a disco nas quatro rodas e as rodas aro 15 com pneus Yokohama.
A construção é tradicional dos fora de série, ou seja, chassi tubular e carroceria de fibra de vidro. O material parece bem mantido, o que fica claro em seções em que a fibra fica exposta, tais como as tampas do motor e do porta-malas. A tração é traseira, com diferencial Dana e câmbio Clark de cinco marchas. Os freios são a disco nas quatro rodas e as rodas aro 15 com pneus Yokohama.
Seu status de grã turismo exigia um recheio rico. Há ar-condicionado, direção hidráulica, O painel exibe 15 instrumentos e há revestimento de couro preto por toda a parte. Há vidros e retrovisores elétricos com botões distribuídos no console, mas a ergonomia é recompensada pelo ajuste de altura da coluna de direção.
O GTB é um espécime mais raro, foram pouco menos de 1 mil unidades produzidas, segundo diz o seu fã clube. Embora a história do GTB conversível não seja bem documentada e os detalhes técnicos não sabidos, o carro é inegavelmente incomum. Resta saber se alguém terá coragem de pagar o valor pedido. Chegamos a encontrar conversíveis bem mantidos e pouco rodados por muito menos, caso do Ford Escort XR3 conversível 1985 com placa preta e apenas 34 mil
O GTB é um espécime mais raro, foram pouco menos de 1 mil unidades produzidas, segundo diz o seu fã clube. Embora a história do GTB conversível não seja bem documentada e os detalhes técnicos não sabidos, o carro é inegavelmente incomum. Resta saber se alguém terá coragem de pagar o valor pedido. Chegamos a encontrar conversíveis bem mantidos e pouco rodados por muito menos, caso do Ford Escort XR3 conversível 1985 com placa preta e apenas 34 mil
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