O El Camino foi introduzido na linha da montadora em 1959, em resposta ao sucesso do rival Ford Ranchero. Apesar do lançamento “atrasado”, os designers da Chevrolet, liderados por Harley Earl, já consideravam ter uma pickup coupé deste tipo desde 1952.
A linha Chevy 1959 estava completamente reformulada, mais larga, longa e ousada. Vendiam menos que os conservadores Fords, com exceção do El Camino, que chegou a mais de 22 mil unidades contra cerca de 14 mil do concorrente naquele ano. O carro era apresentado em qualquer variação mecânica existente, mas com apenas uma forma de acabamento. Sua suspensão era macia, o que acarretava menos capacidade de carga que o Ford, mas, em compensação, era mais confortável e não quicava tanto quando estava vazio.
Testes com a versão mais potente mostravam um bom desempenho, já que essa versão era impulsionada por um V8 de 315 cv. O El Camino era particularmente eficiente em arrancadas de 400m, graças ao eixo traseiro, que parecia servir bem para este tipo de tarefa.
Depois de ser produzido por dois anos (1959-1960), a Chevrolet descuntinuou sua produção até 1964, quando foi reintroduzido com novidades. Agora usava a plataforma do Chevelle e compartilhava muitos itens de mecânica, inclusive os potentes motores. Em 1970, a montadora decidiu colocar sua unidade mais pontente no El Camino, que recebeu também a famosa sigla SS. A força do V8 de 7.4 litros e 450 cv transformava a picape em um animal feroz.
Depois das grandes cilindradas, o esquisito Chevrolet teve o fim de muitos carros clássicos. Enfraquecida pela crise do petróleo, a montadora norte-americana deixou o El Camino mais manso e menos estiloso, ganhando o visual sem carisma e apelo dos carros americanos da década de 1980.
Apesar de não fazer mais parte da linha da Chevrolet, o El Camino tem muitos admiradores, graças ao estilo diferente, ao apelo da liberdade (presente até no nome do carro) e aos motores potentes no melhor estilo muscle car.
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